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MÚSICALP | VINILVINIL NACIONALVinil Gilberto Gil - Gilberto Gil 1969 (Vinil Azul Translúcido)
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Gilberto Gil

Vinil Gilberto Gil - Gilberto Gil 1969 (Vinil Azul Translúcido)

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Vinil Gilberto Gil - Gilberto Gil 1969 (Azul Translúcido) Também famoso pelo apelido “Cérebro Eletrônico”, o terceiro LP do cantor e compositor foi gravado com urgência, a urgência necessária em 1969, e com audácia, o timão que Gilberto Gil somou à regua e ao compasso que lhe foram dados pela Bahia para cruzar mares, ares, décadas, galáxias e dimensões. O nome do artista aparece na capa integrado a ilustrações e versos de Rogério Duarte, embalagem artesanal de um trabalho que reflete, na velocidade da fuga, sobre a modernidade e o futuro. É um álbum bem rock e bem Rogério Duprat (que assina a direção musical). Seu repertório, porém, está ancorado em referências de afeto e humanidade em pelo menos duas canções imensas, pra lá de emblemáticas: o clássico “Aquele Abraço”, um dos maiores hits populares do país já em 1969, e “Cérebro Eletrônico”, lapidar e espantosamente atual como nunca, 55 anos depois. Gestado em um momento histórico marcado por fascinantes possibilidades novas (conquista do espaço, computadores, contracultura) e preocupantes embates com o passado (meses após o AI-5, na ressaca de 1968), o LP expande o tropicalismo abraçando transgressão e uma linguagem rock (bastante abrasiva nas intervenções do guitarrista Lanny Gordin), com elementos de blues e doses fartas de psicodelia. Obviamente, não falta brasilidade, garantida pelos DNAs de Wilson das Neves na bateria e do próprio Gil ao violão, com sua mão direita santa. Produzido por Manoel Barenbein, com arranjos de Rogério Duprat e Chiquinho de Moraes, o disco foi gravado em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, entre abril e maio de 1969. Gilberto Gil estava em prisão domiciliar e proibido de dar shows, depois de ter passado dois meses encarcerado no Rio — a semana inicial, em solitária. Como em uma espécie de fuga, o artista, privado de liberdade, se abre para além do corpo físico e joga o olhar para o futuro, para o espaço (que, vale lembrar, estava pop como nunca na mídia). Três das músicas foram compostas no quartel de Deodoro (zona oeste do Rio), segundo Gil, “sob enfoque ou delírio científico-esotérico”, com o violão emprestado por um dos guardas, mais “boa-praça”: a genial “Cérebro Eletrônico” (“só eu posso pensar se Deus existe/ só eu/ só eu posso chorar quando estou triste”), impactada pelo computador Hal, do filme “2001— Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, a impressionante “Futurível” e a delicada “Vitrines”, história de amor sci fi com digressão filosófica (“O cosmonauta, a vitrine/ no cosmos de tudo ou nada/ de éter de eternidade/ de qualquer forma vitrine”). A viagem espacial avança por uma releitura de “2001”, de Tom Zé e Rita Lee, com pressão roqueira e otimismo, deixando na poeira cósmica o toque caipira da versão original dos Mutantes. O recado da letra — “Astronauta libertado/ Minha vida me ultrapassa/ Em qualquer rota que eu faça” — é reforçado ironicamente (ou não) por Gil em outra canção alheia, “A Voz do Morto”, de Caetano Veloso, em que o arranjo dupratiano dissolve os versos: “Quem já esteve na lua viu/ Quem já esteve na rua também viu/ Quanto a mim, é isso e aquilo/ Eu estou muito tranquilo/ Pousado no meio do planeta”. De malas prontas para o exílio na Inglaterra, Gil evoca um passado de passeios motorizados em família na Bahia, deixando recados para pai e mãe em “Volks-Volkswagen Blues”, com “bênção”, “beijo e abraço gostoso”. Na confluência Mississipi-São Francisco de escalas com o sétimo grau abaixado, também refaz em blues-rock o baião “17 Légua e Meia”, de Humberto Teixeira (sucesso com Luiz Gonzaga). A última canção a entrar no disco foi a única registrada no Rio, gravada em um sábado de manhã, véspera do voo para Londres. Tinha sido inspirada sob o impacto de sair da prisão, numa Quarta-feira de Cinzas, e passar pelo Aterro do Flamengo e por uma cidade ainda em trajes carnavalescos: a vida no Rio de Janeiro continuava normal, continuava linda. Gil partiu do bordão do humorista Lilico, que estava na boca do povo carioca, mas que ele só conhecia pela boca de seus carcereiros no quartel de Deodoro: “Aquele Abraço”. Acrescentou filiações estéticas (Dorival Caymmi, João Gilberto, Chacrinha), mais outra frase de Lilico, “alô, Realengo” — bairro de origem do comediante — e uma coleção de versos muito felizes para compor uma obra-prima. Lançada em compacto em agosto de 1969, a música estourou imediatamente. De estrutura simples, “quase blues”, como observou Gil, mas também próxima de um partido alto (“Pode medir que você vê que é um partido alto”, comentou Martinho da Vila, na época), antes de se consagrar como hino extra-oficial do Rio e de uma ideia de Brasil, ecoou por todo o país como fenômeno pop, influenciando publicidade, discurso de políticos, ficção de TV e show business (do teatro de revista “Alô, mulheres, aquele abraço”, ao show de transformistas “Bonecas, aquele abraço”, em cartaz na Galeria Alaska, no Rio)... “Eu não aguento essa canção, que no entanto, é toda fraternal”, escreveu, em novembro de 1969, no “Jornal do Brasil”, Clarice Lispector. Fã ou hater ;)? O certo é que, a partir de “Aquele Abraço” e deste LP, Gilberto Gil ganha uma nova estatura. No Brasil e na Via Láctea. Repertório do LP: Lado A: 1. Cérebro Eletrônico 2. Volks-Volkswagen Blue 3. Aquele Abraço 4. 17 Léguas e Meia 5. A Voz do Vivo Lado B: 6. Vitrines 7. 2001 8. Futurível 9. Objeto Semi-Identificado
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Vinil Gilberto Gil - Gilberto Gil 1969 (Azul Translúcido) Também famoso pelo apelido “Cérebro Eletrônico”, o terceiro LP do cantor e compositor foi gravado com urgência, a urgência necessária em 1969, e com audácia, o timão que Gilberto Gil somou à regua e ao compasso que lhe foram dados pela Bahia para cruzar mares, ares, décadas, galáxias e dimensões. O nome do artista aparece na capa integrado a ilustrações e versos de Rogério Duarte, embalagem artesanal de um trabalho que reflete, na velocidade da fuga, sobre a modernidade e o futuro. É um álbum bem rock e bem Rogério Duprat (que assina a direção musical). Seu repertório, porém, está ancorado em referências de afeto e humanidade em pelo menos duas canções imensas, pra lá de emblemáticas: o clássico “Aquele Abraço”, um dos maiores hits populares do país já em 1969, e “Cérebro Eletrônico”, lapidar e espantosamente atual como nunca, 55 anos depois. Gestado em um momento histórico marcado por fascinantes possibilidades novas (conquista do espaço, computadores, contracultura) e preocupantes embates com o passado (meses após o AI-5, na ressaca de 1968), o LP expande o tropicalismo abraçando transgressão e uma linguagem rock (bastante abrasiva nas intervenções do guitarrista Lanny Gordin), com elementos de blues e doses fartas de psicodelia. Obviamente, não falta brasilidade, garantida pelos DNAs de Wilson das Neves na bateria e do próprio Gil ao violão, com sua mão direita santa. Produzido por Manoel Barenbein, com arranjos de Rogério Duprat e Chiquinho de Moraes, o disco foi gravado em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, entre abril e maio de 1969. Gilberto Gil estava em prisão domiciliar e proibido de dar shows, depois de ter passado dois meses encarcerado no Rio — a semana inicial, em solitária. Como em uma espécie de fuga, o artista, privado de liberdade, se abre para além do corpo físico e joga o olhar para o futuro, para o espaço (que, vale lembrar, estava pop como nunca na mídia). Três das músicas foram compostas no quartel de Deodoro (zona oeste do Rio), segundo Gil, “sob enfoque ou delírio científico-esotérico”, com o violão emprestado por um dos guardas, mais “boa-praça”: a genial “Cérebro Eletrônico” (“só eu posso pensar se Deus existe/ só eu/ só eu posso chorar quando estou triste”), impactada pelo computador Hal, do filme “2001— Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, a impressionante “Futurível” e a delicada “Vitrines”, história de amor sci fi com digressão filosófica (“O cosmonauta, a vitrine/ no cosmos de tudo ou nada/ de éter de eternidade/ de qualquer forma vitrine”). A viagem espacial avança por uma releitura de “2001”, de Tom Zé e Rita Lee, com pressão roqueira e otimismo, deixando na poeira cósmica o toque caipira da versão original dos Mutantes. O recado da letra — “Astronauta libertado/ Minha vida me ultrapassa/ Em qualquer rota que eu faça” — é reforçado ironicamente (ou não) por Gil em outra canção alheia, “A Voz do Morto”, de Caetano Veloso, em que o arranjo dupratiano dissolve os versos: “Quem já esteve na lua viu/ Quem já esteve na rua também viu/ Quanto a mim, é isso e aquilo/ Eu estou muito tranquilo/ Pousado no meio do planeta”. De malas prontas para o exílio na Inglaterra, Gil evoca um passado de passeios motorizados em família na Bahia, deixando recados para pai e mãe em “Volks-Volkswagen Blues”, com “bênção”, “beijo e abraço gostoso”. Na confluência Mississipi-São Francisco de escalas com o sétimo grau abaixado, também refaz em blues-rock o baião “17 Légua e Meia”, de Humberto Teixeira (sucesso com Luiz Gonzaga). A última canção a entrar no disco foi a única registrada no Rio, gravada em um sábado de manhã, véspera do voo para Londres. Tinha sido inspirada sob o impacto de sair da prisão, numa Quarta-feira de Cinzas, e passar pelo Aterro do Flamengo e por uma cidade ainda em trajes carnavalescos: a vida no Rio de Janeiro continuava normal, continuava linda. Gil partiu do bordão do humorista Lilico, que estava na boca do povo carioca, mas que ele só conhecia pela boca de seus carcereiros no quartel de Deodoro: “Aquele Abraço”. Acrescentou filiações estéticas (Dorival Caymmi, João Gilberto, Chacrinha), mais outra frase de Lilico, “alô, Realengo” — bairro de origem do comediante — e uma coleção de versos muito felizes para compor uma obra-prima. Lançada em compacto em agosto de 1969, a música estourou imediatamente. De estrutura simples, “quase blues”, como observou Gil, mas também próxima de um partido alto (“Pode medir que você vê que é um partido alto”, comentou Martinho da Vila, na época), antes de se consagrar como hino extra-oficial do Rio e de uma ideia de Brasil, ecoou por todo o país como fenômeno pop, influenciando publicidade, discurso de políticos, ficção de TV e show business (do teatro de revista “Alô, mulheres, aquele abraço”, ao show de transformistas “Bonecas, aquele abraço”, em cartaz na Galeria Alaska, no Rio)... “Eu não aguento essa canção, que no entanto, é toda fraternal”, escreveu, em novembro de 1969, no “Jornal do Brasil”, Clarice Lispector. Fã ou hater ;)? O certo é que, a partir de “Aquele Abraço” e deste LP, Gilberto Gil ganha uma nova estatura. No Brasil e na Via Láctea. Repertório do LP: Lado A: 1. Cérebro Eletrônico 2. Volks-Volkswagen Blue 3. Aquele Abraço 4. 17 Léguas e Meia 5. A Voz do Vivo Lado B: 6. Vitrines 7. 2001 8. Futurível 9. Objeto Semi-Identificado
Características
Gênero
MPB
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